terça-feira, 16 de junho de 2009

O quadro que tem som.


As verdades e mentiras contra o vento que sopra no meu rosto são pensamentos que vão e vem. Sou sincero demais pra me enganar.
Pra tanta gente o amor é um inventário, um filme que dura no máximo duas horas e meia, pra outras, de um café às 06: 00 horas da manhã, se faz o amor.
Houve ao longo da história muitos pensadores, homens e mulheres que viveram e descreveram a vida em diversos formatos. Se há algo que precisamos aprender é que temos que viver nossas próprias vidas.
Sabemos que os resultados dependem das escolhas, as coisas mudam, o mundo é novo, sabemos que o mesmo sol que gera a seca, gera rios nas montanhas de gelo, sabemos que é preciso cair às folhas pra que a vida possa renascer. Ninguém ama sozinho.
Na casa da árvore, tínhamos tudo que precisávamos, bolo de chocolate desenhado de areia escura, histórias pela metade armazenada em nossas pequenas mentes, caminhões estacionados amarrados em cordinhas sujas por nossas mãos, e no céu tínhamos até praia feito de nuvens num imenso azul anil. As crianças sabem amar porque são sinceras.
Da janela, o quadro que tem som, traz o cheiro que é verde dizendo que depois será amarelado.
Precisamos correr o risco por acreditar, somos capazes de aprender o que não sabemos, ainda que nada seja de graça, a vida que move nossos pés é um presente que nem os diamantes mais brilhantes podem pagar. O bem está do nosso lado.
Diariamente saem do chão máquinas que parecem ter vida própria, carregam dentro de si muitas vidas, cortam o oceano em poucas horas, aquilo não foi criado pra cair, mesmo que haja tanta probabilidade de uma viajem virar notícia no plantão da rede globo, é o meio de transporte mais seguro.
Se não optarmos por experimentar, como saberemos o que tem no fim desse caminho? Se não desejarmos ser intensamente livres, como poderemos descobrir que não somos donos de ninguém?
O amor não tem conceito, muito menos fórmula, apenas existem princípios que devem ser respeitados. O amor é sincero.