quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Essa tal razão.



Foram muitos passos, pedidos de informações, mapa a girar de um lado ao outro, apostas perdidas, lugares que haveriam de chegar mesmo sem saber que depois da chegada ainda tinha e tem estrada. Pingos de suor avisando que o frio estava se retirando e que a primavera houvera prometido um verão ainda mais ardente, a gente? Sempre em frente, claro!
Na frenética ação de nossos sonhos passamos por tantas fases, com uma calculadora que em toque em toque o resultado de cada “bip” era um bloco cheio de expectativas no amassar da segurança entre os dedos.
Momentos em que os conselhos se resumem em uma coluna reta e um pulmão cheio de ar.
Temos a pretensão de temer o desconhecido, o novo traz a desconfiança que nos faz observar com cuidado e o desconforto está na possibilidade de nada dar certo.
Meu pai me conta que em alguns períodos na sua infância, um de seus irmãos, em períodos difíceis, ia pra debaixo da cama e ficava deitado pra pensar na situação, ali estava seguro, longe do barulho. Meu pai moía café cantando enquanto o aroma tomava de conta daquele lugar, minha avó se dedicava na massa do pão pensando na energia que o amanhã os aguardava, diga-se de passagem, por sinal, o pão dela era especial, um dos melhores que já comi.
Após o “JN”, relata fatos interessantes a teórica novela das oito, afinal o horário de Brasília não está o mesmo que o nosso, ainda mais na emissora local, uma parabólica até tem seus benefícios.
Deitada naquela cama abria-se os olhos e uma voz desconfortante que mostrara a dor de sua alma, dizendo que aquela história não era sua e que aquele destino não era seu.
Já disse aqui que quando a coisa não se relaciona conosco nos tornamos especialistas. Pedimos mais do que agradecemos. Aqueles que almejam e querem a qualquer preço não saboreiam o devido valor de seus méritos.
Estamos no limite da razão, por isso que a torre de babel não obteve sua finalidade, teve seu fim.

Numa dessas tardes eu escrevia uma nova canção. Tinha a plena convicção de que estou sempre em transformação, porém não esqueci que um dos mais importantes atos que devemos praticar chama-se gratidão. É ai alcançamos até o sol com a própria mão, vemos figuras raras, repetidas, o velho e o novo, o incerto e o certo na arte de se completar a cada instante.
A desculpa do ninguém é perfeito ficou pra traz.
Imagine você sem problemas, sem razão alguma pra se preocupar, qual seria a razão de seus joelhos dobrarem até o chão?
Imagine, como no “clique”, um “enter” automático, atento aos nossos pedidos, morreríamos de tédio, sem contar do caos.
Agradecer é reconhecer que podemos ver a providência no fechar dos nossos olhos, “como no filme mudo, antes da invenção das palavras”.
Deus está muito mais preocupado com o coração do homem do que com esse tal fim do mundo.
O tempo que gastamos reclamando renderia muito mais se usado pra pensar em algo a fazer, quem sabe um obrigado por mais uma simples chance, caia bem antes de deitar.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

O que se aprende.


A gente fala por falar. Achamos estar prontos quando o assunto em pauta não diz respeito a nós. Somos especialistas em arrumar o tabuleiro do jogo alheio.

Vejo-me caminhando em meu próprio círculo vital, elos que me ligam em vias iluminadas e quando falta à luz ascendo uma vela antes de juntar as mãos.

Minha poesia vive uma constante correção, meu ponto final ainda está pronto para um velho "obs".

Hoje arregacei as mangas e abri alguns botões da minha camisa azul, deitei um pouco o banco e meu olhar alcançou o céu, apenas uma lua a crescer e uma estrela forte resistindo as explosões anos-luz de mim, um soave vento bagunçou meu cabelo que precisa de um novo corte, aliás. Celebração de um destino que encontrei.

Já observou que quando conhemos uma pessoa, passamos a vê-la constantemente por aí? Talvez ela já passasse por você tantas vezes lá traz, mas não a notamos. A mesma coisa acontece com o que aprendemos.

Um sábio disse que o ruim da dor é que ela dói.

Ultimamente tenho contemplado em meu mundo que a vida nos oferece ferramentas pra se construir saídas de emergências e outras ativamente necessárias pra se seguir num equilíbrio ponderável.

É difícil acreditar que uma porta tão breve está, sem uma boa lanterna pra guiar a trilha que se segue. Que fé é essa que não traz a confiança de superar mais uma onda?

Se a chuva não viesse o sol nos torraria, se os erros não ocorressem, a borracha seria apenas um enfeite e a redação seria apática.

A insensatez em frágeis lágrimas que não sabem recorrer ao seu lar se perde em partículas na tentativa de voar.

Deus disse que o Dilúvio não faz mais parte dos seus planos, Jesus chamou Deus de Pai e a nós de irmãos, a ciência chamou o Nazareno de Profeta e o bom ladrão foi pro paraíso.

A eternidade passa por um aprendizado, galhos que não servem podem ir pra lareira.

A responsabilidade é de todos, por isso o que se aprende pode vir também do lado lá, venha o que vier.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Onde estão as flores?


Com a mochila pesada em passos curtos, chutando a mesma pedrinha, sorrindo do meu eu num divertido duelo, gastando minha sola nesse freio desrregulado. Talvez precise mesmo de uma revisão, prestarei mais atenção nos anúncios.

Nas palavras por aqui há sempre vírgulas talhando o tempo frio que encara o calor da vida. E o que o tempo significa?

As onze da noite, um bip no celular, uma mensagem, uma pausa pra resposta, de um impulsto, um contexto palpável, _"O melhor são as flores do caminho"...

Uma semana depois ouvi pela primeira vez o novo hit nacional que dizia da tal das flores do caminho. Pensativo fiquei.

Uns vivem a filosofia, me permita o palavrão, "Que se foda", um jardim colorido em preto e branco. Ao menos existe.

Quantos muros é preciso pra treinar a melhor pichação? Existem até regras, "se ajoelhou, agora tem rezar". Antiga!

_"Polícia! puts, falta o bagulho do cabelo e a tela esquerda, o bixo pegou"...

_"Pega o moleque"...

Os britânicos cantam beatiful day e no quarto desenho uma pista de papel inspirado na do Matheus.

_"Olha pai, o que é aquilo?", olhando para um barco no mar _ "É vela, filho" _ "vela de ascender?" _ "Não, vela de navegar"... De um passeio se fez a canção.

Romance não se chama amor, mas um pedaço grande creio que há.

"Eu vou tirar você desse lugar, eu vou levar você pra ficar comigo e não me enteressa no que os outros vão pensar"(...)

O que se sabe é que cada um cuida como bem entende, existem adubos caros, mas se encontra até gratuitamente, a água mais suculenta cai do céu, porque não investir numa luva? Melhor do que sujar as mãos.

O que eu sei é que realmente as flores existem, mesmo quando a corrende quebra um dente, pedalar a noite pode ainda haver a luz tão intensa por ser fulgaz.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Em cada canto que eu passar.


Nossa forma de contar o tempo me fez acordar mais velho, amanheci com a certeza de que a melhor coisa da vida hoje é saber que cheguei até aqui, assim eu descubro que meu choro há 1:00 hora da manhã trouxe a alegria de sintetizar o amor. “Bem vindo ao mundo”, palavras que não lembro, mas sinto ecoar em minhas veias.
Costumamos pensar em planos, rever conceitos, remastigar alimentos, refletir sem notar, hoje eu lembrei que não demorou tanto assim e preferir achar que estou apenas virando a primeira esquina de uma aventura curta por não ser tão longa. Mais uma vez o piano tem a chance de sentir meus dedos suados, desafinando o diapasão só pra contrariar o inverso.
Um ritmo sem pausas num refrão amargo mergulhado no açúcar refinado, minha vida é um embaraço, tem laço sem ponta e nó teimoso, porque só assim minha luta tem sentido. Numa arena onde as vozes sussurram contradições pelas arquibancadas ocupadas pela ausência de encanto, em olhares furiosos que não sabem que odiar é amar.
Vida essa que só tem sentido quando lembro que nasci pra ser eternamente vivo em cada canto que eu passar. O milagre acontece por nossas mãos, Deus quis assim. Sou responsável por tudo ao meu redor, e o que não vejo a minha fé cuidará de guiar meu desajeitado caminhar, feito equilibrista que só olha aonde quer chegar.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Escritor sem palavras.


Todos nós podemos escrever, o problema é a falta de atenção em cada canto ineficaz, paralisado, castigado pela falta de disponibilidade de um olhar.

Buscamos o compacto, aquilo que se parece comigo, aquilo que tem tudo haver com você e o inevitável sempre se acha na razão de acontecer, é o que chamam de falta de sorte. Pedaços de folhas rasgadas cabem histórias compactas.

Um dia acordamos bem e ao deitar desejamos que o próximo dia fosse bem melhor do que aquele que acabara de terminar.

São coisas da vida, é o conforto de quem arruma a bagunça do quarto debaixo do tapete, ou de quem não abre um minuto se quer a janela deixando o ar puro e novo consumir o cheiro velho. Ser honesto é uma virtude dos maestros da vida.

Há momentos em que não cabem muitas perguntas, mesmo quando elas insistem no bater da porta, precisamos apenas compor em novas pautas algum cantarolar, rabiscos alegres sem palavras, ainda que ela não tenha som, será uma obra, e poderá ser exposta com uma assinatura em traços fortes, porque ela terá um autor, eu ou você.

Ser menino de roupas claras com os dedinhos melados de tinta, pronto pra realizar mais um dever, no desafio de ser pintor. Arte nunca foi sinônimo de bagunça.

Se nós observarmos bem as cores do mundo, aprenderemos que substituir não é uma linguagem tão fácil assim, necessária, mas eficaz apenas quando sabemos usá-la.

Se a pintura ainda estiver fresca poderá borrar, a não ser que faça parte da técnica desde o início, como aqueles quadros que pagamos o que tiver no bolso, feito por um pintor sem sobrenome num encontro casual na praça. Um borrão pode virar lua, casinha na beira do rio, ponte sem corrimão, basta saber rabiscar na hora certa.

A sabedoria por mais copiada que seja nunca será por inteiro. Cada mão tem digital. Somos formados por nossas influencias, somos aquilo pensamos e às vezes não. As ondas da praia têm um barulho parecido, mas nunca são iguais. Tudo é sempre a mesma coisa e nada é sempre igual.

Em uma entrevista na tv, um cantor se dispunha a contar algumas curiosidades da carreira, uma delas era a arte de compor. Num clima descontraído não se prendeu em explorar suas inspirações na hora de criar e disse que não raramente se encontra improvisando e surgem lindas melodias, arranjos e quando vai tentar fazer novamente já esqueceu, quase sempre sem o gravador do lado, só resta-lhe lamentar: poxa vida, perdi um sucesso.

Essa pequena história merece uma foto não pela perda e sim pela prova de que basta remar que a beleza do mundo chega mais perto da gente.

Ainda tenho restos de folha, rasgadas pelo vento e enquanto a caneta não falhar eu posso continuar a escrever, minhas redações confusas, meus segredos desvendáveis, meus projetos inacabáveis, tanto faz eu quero apenas escrever e andar sobe as paisagens que pintei desde o dia em que respirei pela primeira vez. Ser escritor sem palavras caminhando por ai.


terça-feira, 28 de julho de 2009

Um mundo que ainda cabe em nós.


Existem fases da saudade. Com o passar dos dias ela se torna nossa amiga até o dia de ir embora. Espero me despedir dela quando encontrar quem a trouxe. Não a conheci pra esquecer.
Há um sentido maior do que simplesmente a vontade de estar perto ou saciar subitamente a enorme vontade de se ter, claro que sua moradia causa inúmeras reações em nosso corpo e nossas vidas, clássicas.

Lembro-me bem, certo dia algumas palavras foram lançadas a mim, embrulhadas em um formato de comentário, num tom cabisbaixo como alguém que se perdeu no que perdeu. Ao saber do contexto geral me contive em não apenas ouvir ou simplesmente dizer: tudo passa, mas sim em motivar a um questionamento que a resposta vem ao longo de um laboratório consigo mesmo. Tudo que nos é retirado causa a ausência do que tínhamos, a dor é a vontade de ter aquilo que tínhamos ou que desejamos ter e por desejarmos já achamos ter em nossas mãos. Ainda amo ou apenas me acostumei? Foi o que eu disse.
Temos uma enorme dificuldade em explorar o que se passa dentro de nós, muitas vezes porque a emoção misturada com a vontade num anseio do querer são apenas euforias. Na calmaria as coisas passam a ter sentido e vemos o quanto poderíamos ter feito diferente, sem arrependimento temos que lhe dar, mas com a certeza de que estamos mais fortes. A solução é começar tudo de novo como alguém que não tem medo de errar.
O instinto nunca se cala, costumo pensar que quando nascemos Deus nos deu uma bússola, ela é bastante moderna, não precisamos vendê-la, trocá-la, negociá-la, absolutamente porque todos, sem exceção, têm uma do lado esquerdo, dentro do peito.

A saudade é um convite pra te encontrar novamente, o norte é bem ali, o sul nem é tão longe, leste, oeste, tanto faz, eu vou te encontrar.
Que timbre bom, uma pegada de quem sabe tirar som, até o improviso parece ensaiado. Vamos compor uma canção que fale de nós então, e se o lápis quebrou a ponta, agente guarda tudo no coração.
To chegando e não pense no que vai dizer, apenas espere eu chegar, estamos pertos e do longe já passamos.

Pra fazer um bom show é preciso cuidar do instrumento. Às vezes é preciso comprar novas cordas, arrumar dispositivos queimados, captadores, limpar, além de treinar as habilidades. O cuidado é a beleza da reciclagem.

Mas a saudade é a sinceridade de um mundo que ainda cabe em nós. Eu estou em você e você está em mim. Que bella vida.

terça-feira, 16 de junho de 2009

O quadro que tem som.


As verdades e mentiras contra o vento que sopra no meu rosto são pensamentos que vão e vem. Sou sincero demais pra me enganar.
Pra tanta gente o amor é um inventário, um filme que dura no máximo duas horas e meia, pra outras, de um café às 06: 00 horas da manhã, se faz o amor.
Houve ao longo da história muitos pensadores, homens e mulheres que viveram e descreveram a vida em diversos formatos. Se há algo que precisamos aprender é que temos que viver nossas próprias vidas.
Sabemos que os resultados dependem das escolhas, as coisas mudam, o mundo é novo, sabemos que o mesmo sol que gera a seca, gera rios nas montanhas de gelo, sabemos que é preciso cair às folhas pra que a vida possa renascer. Ninguém ama sozinho.
Na casa da árvore, tínhamos tudo que precisávamos, bolo de chocolate desenhado de areia escura, histórias pela metade armazenada em nossas pequenas mentes, caminhões estacionados amarrados em cordinhas sujas por nossas mãos, e no céu tínhamos até praia feito de nuvens num imenso azul anil. As crianças sabem amar porque são sinceras.
Da janela, o quadro que tem som, traz o cheiro que é verde dizendo que depois será amarelado.
Precisamos correr o risco por acreditar, somos capazes de aprender o que não sabemos, ainda que nada seja de graça, a vida que move nossos pés é um presente que nem os diamantes mais brilhantes podem pagar. O bem está do nosso lado.
Diariamente saem do chão máquinas que parecem ter vida própria, carregam dentro de si muitas vidas, cortam o oceano em poucas horas, aquilo não foi criado pra cair, mesmo que haja tanta probabilidade de uma viajem virar notícia no plantão da rede globo, é o meio de transporte mais seguro.
Se não optarmos por experimentar, como saberemos o que tem no fim desse caminho? Se não desejarmos ser intensamente livres, como poderemos descobrir que não somos donos de ninguém?
O amor não tem conceito, muito menos fórmula, apenas existem princípios que devem ser respeitados. O amor é sincero.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Viver.


Eu sei que um dia vou olhar pra traz ao som de espontâneas gargalhadas, acompanhado de uma satisfação em conformidade aos meus muitos sentimentos. Um dia vou olhar no espelho com a consciência de uma realidade exposta, e a evolução aparecerá nos dias de inverno e nas tantas primaveras que nunca exitaram em se mostrar.
Talvez eu vá me questionar mais uma vez o que eu nunca soube responder, porque somos assim?
Se hoje eu tenho tempo, um dia vou recordar que já sonhei demais, e terei a certeza de que sonhar nunca fez mal a ninguém.
Na calmaria que a vida me pede, na agitação que a vida me convida, e na firmeza que é preciso sempre abraçar, os pés no chão terá sido o mais precioso feito. Tudo passa!
Vou perceber que onde errei não cabe arrependimento, pois a motivação maior sempre foi a garra de acertar e vencer, e ainda assim será possível sentir um gosto de vitória, pela simples ousadia de ter tentado.
Pensar no fim me faz amar o começo, por isso, construir é acreditar no além.
Eu vou além, vou onde nunca estive antes, explorar terras distantes, vou doar tesouros pra ser ainda mais rico, amar é se doar.
Ser aventureiro não é ser inconseqüente. A confiança mora na aventura de se lançar, por isso os castelos mais bonitos nasceram das mãos de príncipes aventureiros e sonhadores.
Um dia um rei julgara um jardineiro por um "acontecimento" não muito importante, mas tão pouco relevante, e mesmo inocente, considerado culpado, a esperança estampada no rosto daquele simples homem do jardim era seu cartão de visita. O rei fizera três perguntas, tal qual o regulamento não permitia sequer um erro. As duas primeiras, difíceis, por sinal, foram acertadas, então a terceira pergunta foi feita, e o rei se sentido o dono de tudo, inclusive da vida do jardineiro, perguntou, "em quantos sextos cabe o mundo?", o homem olhou nos olhos da majestade e disse, "depende do tamanho do sexto".
Na vida é preciso ter consciência da inocência, porque a culpa rouba a serenidade, mas é preciso também ter inocência pra se ter serenidade, não venda seus sonhos por qualquer desejo, "o mundo espera de nós (...)".
Fazer valer a pena sob as marcas pintadas por tropeços, faz a vida ser uma paixão que perdura o dia até encontrar o próximo dia, então ser eterno é se apaixonar, talvez, ou tanto faz, já que pra ser feliz, basta simplesmente viver. Viver!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Onde tudo é tão igual.

Às vezes o sorriso mais certo vem na hora mais incerta, e nesses tantos momentos, até mesmo fugindo de mim, encontro um abrigo diferente, onde tudo é tão igual.
Virando a pagina do avesso, é possível encontrar histórias vivas escritas num papel usado, é possível encontrar ainda, em um sentido figurado, algumas xérox, algumas copias ilegais, ferindo até a Constituição Federal e sem exitar o cometimento da ilicitude, o preço é viver ao "léu". Quem sabe já não exista um projeto para aprovar o mais novo conceito de liberdade, interessante notar que os anseios são reflexos de um espelho.
Meu Pai me disse certa vez, que nos temos duas faces, a primeira reação sempre é a do mal, a segunda é a do bem, e ao longo dos meus passos fui compreendendo que ele tinha razão. Disse um cantor, que às vezes faz o que se quer e às vezes faz o que se tem que fazer.
Por isso na vida sai mais barato perdoar!
E onde tudo é tão igual eu quero e preciso respirar a novidade de um ar incerto, quero desenhar no meu coração com cores diferentes uma certeza real.
Como um aluno na escola da vida, numa aula, cujo tema é "decisão", a soma é simples:
Onde há decisão há certeza, onde há certeza há esperança, onde há esperança há fé e onde há fé Deus está.
E pra saber o que é bom é preciso fechar os olhos e caminhar em passos diferentes, mesmo onde tudo é tão igual, existe um radar em direção do novo sol.

domingo, 19 de abril de 2009

Dores que choram.



No meio de uma guerra pode haver o amor, são vidas que lutam pra sobreviver, e nada mais.
A melodia da vida é um canto doce que embala o compasso de um passo a passo que se da.
Me disponho a enxergar as dores que choram nos corações de cada lugar, como um observador, procuro entender qual é a luta dos olhares que refletem a indecisão, e como um pesquisador, vejo que a fonte onde bebem os donos desses olhares está sem água.
Fala-se em salvar o planeta, esquecem de salvar corações.
As ruas não tem nome, os caminhos cruzam entre si, pessoas, sonhos, pessoas e sonhos, o artista desse cenário foi esquecido por não ser identificado, o orgulho é uma criança sorrindo, no balançar ao vento no parquinho sem nome.
Como um pequeno sonhador, me faço criança diante de um dia que será único, descobri que o hoje é pra sempre.
Ninguém poderá mudar aquilo que está lá traz, escondido nos galhos e nas areias que o tempo soube guardar, mas eu descobri que o hoje é pra sempre.
Estou descobrindo um mundo que existe há anos, um mundo que é apenas meu, e no meu silêncio eu procuro cantar, sussurrando nos cantos, a alegria que minhas lágrimas de desanimo querem roubar.
Estou aprendendo a ser forte, e minha espada é o amor.
Não posso me enganar, sou marcado pra escrever uma bela história que Ele mesmo me confiou.
Sim, eu vi o Senhor.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

No barulho, um silêncio, tua voz.



Não é apenas um detalhe importante, não são apenas palavras que mostram um caminho, a vida é um fato e é preciso assumir.
Às vezes acordo e logo meu dia ganha uma trilha sonora, meu coração logo dança num compasso novo e a verdade logo encontra o seu lugar.
No meio da cidade muitas vidas se encontram, quase sempre, os olhares se perdem tentando encontrar algo que parece não existir, estamos com pressa.
A produção não pode parar, aliás, o relógio nunca para, e já são meia noite, acaba de começar uma nova pagina no diário de um coração.
Mesmo com tanto barulho a distração é a melhor pedida, nada mal, chegamos no século do entretenimento, liberdade pra dentro da cabeça, é a canção dos que correm atrás do abstrato, mundo onde o sonho insiste em não querer acordar.
O silêncio já não pode mais falar, pois o barulho ecoou diante de uma correria que parece não ter fim, como se diz no pop, somos quem podemos ser.
Eu preciso e quero sempre ouvir a voz que ninguém pode calar, seja aqui ou em qualquer lugar. Eu preciso e quero ser diferente, de um jeito que me faça melhor até o céu me alcançar. Essa voz que me ensina que sonhar é preciso, e mais ainda, crer que o mundo pode ser melhor, mas que é preciso começar em mim, pois o melhor estar por vir.
Agora no barulho, um silêncio grita forte, alegrando minha alma, trazendo a coragem de olhar o horizonte e ser guiado pela estrada a fora, que mesmo estreita, tem o poder de santificar.
"Será favorecido de longos dias, e mostrar-lhe-ei a minha salvação". Obrigado, ouço tua voz.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Mesmo que eu tivesse asas



Cada passo que damos compõe um futuro que ainda não existe, a não ser em um projeto previamente construído, por isso eu sei que a cada dia tenho uma nova decisão a tomar, viver em plenitude. Viver "ao vento" é meio perigoso e mesmo que eu tivesse asas, ainda sim não mais ousaria. Me dedico no que há de melhor, e acredito no melhor, porque sei que no fim de tudo haverá algo maior.
Talvez fugir apenas do egoísmo não seja um bom plano, mas já é um bom começo.
Que tal agora olhar nos olhos dos seus olhos sem fingir que o bem e o mal muitas vezes são irmãos, e por isso tudo continua como está, lentamente subjugado na poeira de quem passa sem perceber, que tudo não é nada se não houver a esperança na ação mais corajosa que se pode imaginar, recomeçar!
E Mesmo que eu tivesse asas, sonharia novamente em viver todos os dias uma nova história, porque tudo que é eterno passa pela arte da construção. Felicidade se constrói, o amor se conquista e sei que um dia tudo passará, mas o tempo não
roubará minha esperança, porque eu sei em quem eu coloquei a minha fé.
André Guido